terça-feira, 13 de maio de 2014

Promentendo Fogo a Ártemis

O que mata, não é a morte
Mas a vida réplica que só escuta a voz dos Filisteus
O que mata, não é a miséria material
mas a incapacidade de invenção diante ao caos
(já insuportável)
O que mata não é a doença do corpo
mas o estado de angústia que encontra-se a alma
O que mata não é o revólver do policial
mas a vontade de morrer do combatente

Lilith diz: Não Existimos!
O mecenas então aplaude
Risos em meio a plátéia

O livro vai ao chão
O grupo acorda, e vem 
a seguinte constatação:  

                                        Estamos sozinhas
                                        Porém povoadas como crianças em dia de festa
 Erostrato sai da sala e a festa continua
 Abandonar é um ato de coragem - o mais belo

lejos

Lejos

lejos. lejos estoy
lejos. estamos 
en la escuridad del la cuidad tecnocolor 
llueve fora de nuestra cumplicidad ayer fundada

lejos. la cancion, la comida, los abrazos
lejos. del drama, del cine, de la poesia
lejos, perversamente nos encontramos

a menudo nuestros sueños caem de nuestras manos
la casa habitada por cucarachas. el ninõ grita!
lejos. logo logo nos vemos. haceremos una fiesta en una casa ocupada, expropriaremos la comida que haceremos el banquete en la noche del luna llena

lejos. estamos
pero aún habitamos las entranhas
pero aún compartimos el fígado de nosotros
juntas, pero lejos.

hai kai orgy

as vezes um sorvete derretido de pistache
as vezes um cocktail molotov atirado na vidraça

Pela Diferença ( potencia anti normativa do afeto)

Pela diferença, marcada estou
Pela diferença.
Entre os amores, estou lá  na borda
Entre o amor, sou pra além, ou quem sabe, anterior 
Pela diferença, não sonho com o dia em que me apresentarão aos pais
Estranho, inconveniente. Não me importo com o mês em que se fundou a cumplicidade entre nós
Pela diferença.
Não sei há quanto tempo estamos juntas, não marco o dia da morte, nem do nascimento
Pela diferença: a ubiquidade é uma regra que estabeleço - vem de mim, não de você.
Longe, solitária
Amiga e Boa inimiga
Pela diferença, o odor do corpo, ao invés de Jean Paul Gaultier,
a amante vegan, no lugar do consumidor do MC Donald´s
Pela diferença, a vibração do Encontro 
Diferença não é Indiferença 
Apenas uma nova forma de afeto 

domingo, 8 de setembro de 2013


no banheiro atormentado
por arcanjos gozando
Me ofereces essa maldita droga
novamente perguntei querendo sair
tornei-me a imagem de sua punheta
virando as costas quando tu precisas
Judas caga sangue enquanto tu me obser-vas
Jesus desejou doze homens
pecou por doze vezes
entrou na sala e dizendo que era mulher
vai la, venha comigo
come with me
come with me mes ami

usada

te usei, usando-me
perverso ser dotado de maldade
te usei, usando-me
preferi a demência à sanidade

madeira podre!
corpo deteriorado!
te usei, usando-me
prenda-me na cama,
coma-me de lado

estúpida vida
rasa humanidade
te usei, usando-me
bata-me forte
jogue-me da escada

luxúria, dor, submissão
tudo isso no espaço
entre tua violenta
e tesuda mão!
te usei, usando-me.

sábado, 23 de março de 2013

cicatrizes na esquina


 a noite revela sempre o que a
 escuridão tem de melhor
 presa fácil sou
 presa nos braços repletos de sangue
 cocaína ainda no canto do nariz
 o misterioso cara que me arrombou
 enchendo minha boca de porra
 de fundo nick cave aos gritos de diamanda galás

 cicatrizes das batalhas
 vividas
 não é doce
 não é certo
 é estranho
 cicatrizes
 ele dobra a esquina
 e nunca mais o verei de novo