quinta-feira, 10 de maio de 2012

Meu comandante encapuzado

Uma rebelião em frente a igreja, soldados armados
Kassandra portava um molotov
Um tiro, um grito, uma morte
uma vida
Sangue na mão da anarquista perversa
A massa burra conformada aplaude sentada
O padre foje
A multidão fica
Passei meses tentando encontrá-la
Manifestações não faltaram
procurei, procurei, procurei
Descansei
mas encontrei ele
            Fodemos muito, eu e ele, ele e Kassandra,
                                     eu ele e Kassandra
                                     Fiquei tão feliz em revê-la
ele não quis mais saber de mim, e nem ela
Voltei pra Atenco
Raspei a cabeça
Lenço na cara pra ser invisível
pra ser igual
Comandante Marcos, Me come?
Aqui na selva Lacadona
las mujeres son donas de si
(pero solo transam com sus novios)
            Se Deus esta morto, Marx também,
            o partido falido e a família sepultada
1994 - um ano sem trégua

         
     






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