domingo, 4 de novembro de 2012

Sou aquele passa pela rua
Que rouba os olhares, de homens e de mulheres
Da dúvida se brota o incômodo cheiro de merda
Estúpidas, medianas, pouco relevantes
pessoas triviais, momentos sem nexo
A realidade não é verossímel, a implantei aqui dentro
E logo já a destruo - é pelas poças de lama que percorro o beco sem sáida
Entre dos outros, esse que me desafia a destruir pedaços de mim mesma
O teto cai sobre minha cabeça
E essa tristeza estranha da cidade ai fora obriga-me a ficar aqu, amarrada pronta pra servir novamente
A memória que firma o passado possuí uma curta vida, o hoje já esta sendo modificado, e amanhã podre estará
A memória se apodera apenas do presente
Te quero hoje
Posso te querer sempre
Tuas mãos deixaram marcas sobre minha bunda
Roxidões feito couro de vaca
Coagulos densos que sentem a tua falta
De bicicleta percorro lugares antes nunca vistos pela mente
Pedalei até o céu e máquina tornei minhas pernas
O sangue escorre pela perna, foi o corte que recebi da vida
Essa que sempre esta me pregando uma peça
Cada dia me testa, como se eu fosse seu experimento de última instância
Molécula isolada no meio a multidão
Vida ordinária, qualquer...
Qualquer vida

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